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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Que presente

Vou relatar algo que me aconteceu,
Pegou desprevenido, e me comoveu.
Passei uma semana, sem muita preocupação,
Estava com duvida que me levou a uma decisão.
Chegou a sexta-feira, eu já tracei planos,
O que fazer depois do trampo, meus adianto.
No meio da tarde, uma nova carga chegou,
Enviada diretamente do meu chefe ou diretor.
Eu já sabia da noticia, tinha que voltar e entregar,
Mas dei uma de esperto, tomei banho e quis vazar.
Troquei idéia com uns e outros, mas minha meta era a saída,
Já havia traçado planos, e minha mente já estava decidida.
Sem me despedir vazei, nem bati meu cartão,
Joguei a responsa para um mano meu, sabia que não ia me deixar na mão.
Falei do ocorrido, disse para ele enrolar,
Pois tinha chegado uma carga extra, e quem chegasse tinha que entregar.
O mano entendeu o recado, e foi pra casa dele ver televisão,
Só chegou perto das 6h, pra bater nosso cartão.
Cheguei em casa na mó correria, cheio de coisa pra fazer,
Tomei logo um banho de água fria, vou contar agora pra você.
Ir ao banco, pagar umas contas, passar no oculista, pegar meu sobrinho.
Muita coisa para fazer, ainda bem que estava sozinho.
Peguei a moto era muita coisa e pouco tempo,
Quase esqueço o capacete, mas nada acontece sem Seu consentimento.
Apesar da correria, estava na maior tranqüilidade,
O que desse pra fazer faria, o que não... só mais tarde.
Dei a partida, subi a minha rua e virei a esquina,
Mal sabia o que estava por me esperar,
Se soubesse poderia evitar.
Ao subir a rua da escola, e num momento de distração,
Um cachorro atravessou a rua, ai veio a colisão.
Não deu pra evitar, eu tentei não consegui,
Passei por cima dele, mas também cai.
O vira lata, levantou e saiu correndo,
Eu esfolei meu joelho no chão perdi as forças, ai vai vendo.
Olhei pra trás, estava vindo um buzão,
Crescendo a cada momento, vindo em minha direção.
Me senti um nada, e de nada consegui lembrar,
Nesta hora oportuna, só Deus pra me salvar.
Uma semana em que duvida em mim se instalou,
No final da semana, naquele momento, Senti o seu amor.
Não poderia estar aqui, de repente em um hospital,
Muito machucado, realmente mal.
Ou algo pior, poderia ter me ocorrido,
Mas Deus interviu, e mais uma vez mostrou ser meu amigo.
Alguém, nem sei quem, não percebi, a moto levantou,
A moto estava intacta, mas meu joelho... a dor.
O tênis estourou, meu óculos estava no bolso amassou.
Eu levantei, acho que foi só uma pancada,
Consegui mover as pernas, e disse:- né nada.
Fui pra calçada, respirar um ar puro,
Esqueci todos os compromissos, estava inseguro?
Mas lembrei do meu sobrinho, que eu ia pegar,
Graças a Deus estava sozinho, nem quero imaginar.
Alguns motoqueiros apareceram, demonstrando solidariedade,
Eu avaliando o prejuízo, e ouvindo me dizer cair faz parte.
O importante é levantar, o prejú até que não foi grande,
Nem dá pra notar.
Eu subi na moto, e fui buscar meu sobrinho,
Mas antes tinha que abastecer, pois na moto não tinha nenhum tiquinho.
Passei no banco pra pegar um pouco de dinheiro,
Meu joelho na verdade parecia um formigueiro.
Peguei meu sobrinho e sai disfarçando,
Com muito cuidado, e ele sempre buzinando.
Estava feliz, naquele momento,
Mal sabia que havia passado meu sofrimento.
Cheguei em casa, tranqüilo e seguro,firmão
Apesar do susto estava bem, tanto que dormi na casa de um irmão.
Véspera de aniversario, tomar um rola, ninguém merece,
Mas é como dizem, o primeiro ninguém esquece.
Hoje tô de molho, poderia estar com amigos em qualquer lugar,
Mas estou em casa com o pé pra cima, mas aproveito pra rimar.
Meu aniversário e eu aqui, nesta situação,
Por causa de um vira-lata, de deve estar na rua abrindo lixão.
Mas o pior de tudo eu vou agora te falar,
Rasguei uma calça de 100 conto, muito loka, essa é pra chorar.



17/04/2009 - dia do ocorrido

2 comentários:

  1. Pra você ver eim Tati, tanto presente que poderia receber e eu ganho um joelho esfolado.rs. Mas sou grato a Deus, poderia ter sido pior.

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Pensa muito não, fala ai!