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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ser forte

Há momentos em nossa (minha) vida em que nos sentimos fracos, sem força diante dos acontecimentos, talvez um inútil, pois não adianta o que façamos só nos resta esperar, e quem sabe, dependendo do estado de espírito pacientemente, a paciência realmente é uma dádiva, um sentimento que não nos pertence, a nós é concedido em certas fases ou momentos que passamos , nos ajudando a compreender além das dificuldades, enxergando além dos problemas atuais.

É difícil ser forte a todo o momento, assim como é desconfortável ser fraco a todo instante, o ser forte ou ser fraco, compreendi que é coisa de momento, podemos nos preparar, ter a maior formação e informação, controle emocional, no entanto, diante de certos ocorridos nos sentimos como que pairando em meio a um céu cinzento, entretanto, em momentos de tristeza podemos nos conhecer melhor, refletir sobre a vida que levamos e como conseqüência nos alcançar a força necessária para suportar esta situação.

A força não definida por músculos, mas sim pela da mente, podemos ser capazes de levantar cem quilos com apenas uma das mãos basta treinar, e totalmente incapaz de resolver um “simples” problema corriqueiro do nosso dia a dia.

O ser forte é algo que só aprendemos quando estamos em situação de fraqueza, vulnerabilidade, certa vez alguém me disse “a vida é como uma roda gigante, ora estamos lá em cima, ora lá embaixo”. Quando estamos em lá em cima alegres, contentes, tudo fluindo na mais perfeita paz e tranqüilidade, não há necessidade de sermos fortes, mas somente manter-se assim por uma maior quantidade de tempo possível, agora em momento de baixa, devemos ser fortes para superar esta fase, confesso não é fácil, por vezes até parece ser impossível, mas descobri empiricamente que é possível.

Na fraqueza vem a vontade de ficar sozinho, surgindo assim a solidão, aquilo que sempre fora motivo de riso, agora não tem mais a menor graça, a solidão faz parte do processo de construção da força, pois na solidão encontramos com nós mesmos, conhecemos nossos limites e os conhecendo saberemos planejar e direcionar nossos passos.
  
A tristeza ou a fraqueza fazem parte da vida, no entanto ninguém a menos que queira consegue ser infeliz ou fraco por toda a sua vida, ninguém é puramente riso ou sempre forte em toda a sua vida mesmo que querendo, afinal podemos aparentar estar feliz, aparentar sermos fortes, mas quando encontramos conosco em frente ao espelho da vida, as lágrimas rolam copiosamente. Ser forte é a capacidade de controle sobre as diversas fases de nossa vida é uma construção ou melhor uma revolução que fazemos na maneira de pensar, ou seja, a partir do momento que conhecemos e controlamos as nossas fraquezas, damos o primeiro passo para sermos fortes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O amor

O amor, é um sentimento buscado por muitos e sentido por poucos, afinal para amar é necessário sacrifício, não basta falar que ama declamar as mais belas poesias, ou escrever os mais belos sonetos, se eles não vierem acompanhados de uma ação... De nada valerá.

Há dois tipos de amor, se é que poderíamos caracterizar assim, o primeiro é o amor nobre, celeste este é o amor entre as almas, o segundo amor é o popular, grosseiro um amor puramente sexual. Há uma enorme diferença entre amar uma alma e amar um corpo, se o amor sentido for um amor puramente corporal podemos considerá-lo como sendo efêmero, pois a flor do corpo logo murchará lançando o amado e o amante no abandono e sofrimento, porém o amor espiritual ou o amor entre as almas é o amor que jamais acaba permanecendo fiel por toda a vida, é aquele que nem a morte poderá separar, pois o amor imortaliza os mortais.

Agora iremos descobrir onde reside o belo em ambos os amores, a começar pelo amor popular, a beleza do amor popular esta no corpo, nas figuras, naquilo que é visto com os olhos, é constituído de uma matéria perecível e imperfeita, ou seja aquilo que esta sendo belo hoje, não necessariamente será amanhã. A beleza do amor celeste esta nas suas ações, em seus discursos, pensamentos, ou seja, aquilo que não é visto com os olhos, porém é sentido com o coração, tornando imortal e perfeito é a famosa beleza interior como é conhecida por muitos e é claro valorizada por poucos.

O amor é o mais feliz dos sentimentos, onde reside o amor jamais haverá guerra, o amor desfaz a violência, o amor é temperante, pois vence o prazer o impondo limites, sabendo disto será que realmente fomos feitos para amar? É fácil amar?

Amar é uma escolha, um estilo de vida, uma construção não se constrói uma casa da noite para o dia. Não nascemos para amar, mas aprendemos a amar afinal, quem ninguém ama, por ninguém é amado.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

apresentação do album

Tacanho: sem importância, sem valor; insignificante, que ou quem é falto de clareza de idéias,           de largueza de alma.
 Fonte: dicionário Houaiss

Dia a dia de um modo tacanho, é uma tentava de resgate aquilo que vemos com frequência em nosso cotidiano, porém por muitos é desprezado, não dá importância, afinal “estamos sempre muito ocupado”, assim sendo, tornamos os fatos absurdos nada mais que um simples ocorrido corriqueiro. 
Que não possamos viver uma vida tacanha, mas que possamos refletir a cada noite antes de dormir sobre nosso dia propondo possíveis mudanças. 
Muitas coisas acontecem ao nosso lado, porém estamos sempre preocupados conosco, nosso umbigo tem se tornado nosso mundo, as pessoas deixam de ser  seres humanos, tornando-se “coisas”, aqueles que não estão de acordo com nossas idéias, ou tampouco agradável aos nossos olhos logo é desprezado, humilhado, execrado de nossas vidas.
Afinal o “mundo” é nada mais do que aquilo que vemos e julgamos não é?

Desabafo!

É o que vemos, ouvimos e às vezes até conversamos em nosso dia a dia, não convém citar os diversos atos de corrupção feitos pelos nossos representantes nas casas legislativas, porém sabemos que são diversos, triste não é?
Estava eu em um ônibus, cansado já era tarde da noite, por volta de umas 23h, confesso que estava com um pouco de sono, mas algo me despertou, ou melhor, chamou minha atenção, olhei para um muro havia nele alguns grafites (que é muito diferente de pichação) e neste mesmo muro havia uma frase que me deixou intrigado, a frase é a seguinte: “Em País de corrupção, quem tem moral de criticar minha pichação”.  Como brasileiro minha mente se voltou logo para nossos políticos, lembrei de diversas cenas em que o bem publico de maneira sutil ou até mesmo escancarada se tornou um bem privado, fiquei indignado, mas a mensagem vai além, só depois pude compreender, ela diz “em País de corrupção”, ou seja, não deixa nada explicito a corrupção esta em todas as camadas sociais, independente do seu cargo ou posto.
A corrupção nada mais é do que o desejo de levar vantagem sobre o outro, é o insulto a inteligência alheia, sendo assim ela esta bem presente em nosso dia a dia, tão próxima que às vezes até chega a acenar, notando nossa presença. Á corrupção jamais trará progresso coletivo, independente da área de atuação, o famoso “jeitinho brasileiro de ser” ou “você sabe com quem esta falando” são formas de usar o poder depositado para seu próprio beneficio, ou fazer uso da amizade, camaradagem para possuir um bem imerecido, dar um famoso” jeitinho”.
A pichação é um ato considerado um delito não tão grave, porém ainda é um delito, ou seja, um crime, esta previsto no artigo 163 do código penal onde sua punição pode chegar a um ano ou multa, porém em caso de o patrimônio deteriorado for um bem publico o individuo tem  sua pena agravada podendo chegar a até três anos.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave;
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; (Alterado pela L-005.346-1967)
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
                                                                                                               Código penal


Não sou favorável a nenhum tipo ou ato de vandalismo, mas diante de todo este fato surge a pergunta: Quem tem moral para criticar esta pichação?

Que presente

Vou relatar algo que me aconteceu,
Pegou desprevenido, e me comoveu.
Passei uma semana, sem muita preocupação,
Estava com duvida que me levou a uma decisão.
Chegou a sexta-feira, eu já tracei planos,
O que fazer depois do trampo, meus adianto.
No meio da tarde, uma nova carga chegou,
Enviada diretamente do meu chefe ou diretor.
Eu já sabia da noticia, tinha que voltar e entregar,
Mas dei uma de esperto, tomei banho e quis vazar.
Troquei idéia com uns e outros, mas minha meta era a saída,
Já havia traçado planos, e minha mente já estava decidida.
Sem me despedir vazei, nem bati meu cartão,
Joguei a responsa para um mano meu, sabia que não ia me deixar na mão.
Falei do ocorrido, disse para ele enrolar,
Pois tinha chegado uma carga extra, e quem chegasse tinha que entregar.
O mano entendeu o recado, e foi pra casa dele ver televisão,
Só chegou perto das 6h, pra bater nosso cartão.
Cheguei em casa na mó correria, cheio de coisa pra fazer,
Tomei logo um banho de água fria, vou contar agora pra você.
Ir ao banco, pagar umas contas, passar no oculista, pegar meu sobrinho.
Muita coisa para fazer, ainda bem que estava sozinho.
Peguei a moto era muita coisa e pouco tempo,
Quase esqueço o capacete, mas nada acontece sem Seu consentimento.
Apesar da correria, estava na maior tranqüilidade,
O que desse pra fazer faria, o que não... só mais tarde.
Dei a partida, subi a minha rua e virei a esquina,
Mal sabia o que estava por me esperar,
Se soubesse poderia evitar.
Ao subir a rua da escola, e num momento de distração,
Um cachorro atravessou a rua, ai veio a colisão.
Não deu pra evitar, eu tentei não consegui,
Passei por cima dele, mas também cai.
O vira lata, levantou e saiu correndo,
Eu esfolei meu joelho no chão perdi as forças, ai vai vendo.
Olhei pra trás, estava vindo um buzão,
Crescendo a cada momento, vindo em minha direção.
Me senti um nada, e de nada consegui lembrar,
Nesta hora oportuna, só Deus pra me salvar.
Uma semana em que duvida em mim se instalou,
No final da semana, naquele momento, Senti o seu amor.
Não poderia estar aqui, de repente em um hospital,
Muito machucado, realmente mal.
Ou algo pior, poderia ter me ocorrido,
Mas Deus interviu, e mais uma vez mostrou ser meu amigo.
Alguém, nem sei quem, não percebi, a moto levantou,
A moto estava intacta, mas meu joelho... a dor.
O tênis estourou, meu óculos estava no bolso amassou.
Eu levantei, acho que foi só uma pancada,
Consegui mover as pernas, e disse:- né nada.
Fui pra calçada, respirar um ar puro,
Esqueci todos os compromissos, estava inseguro?
Mas lembrei do meu sobrinho, que eu ia pegar,
Graças a Deus estava sozinho, nem quero imaginar.
Alguns motoqueiros apareceram, demonstrando solidariedade,
Eu avaliando o prejuízo, e ouvindo me dizer cair faz parte.
O importante é levantar, o prejú até que não foi grande,
Nem dá pra notar.
Eu subi na moto, e fui buscar meu sobrinho,
Mas antes tinha que abastecer, pois na moto não tinha nenhum tiquinho.
Passei no banco pra pegar um pouco de dinheiro,
Meu joelho na verdade parecia um formigueiro.
Peguei meu sobrinho e sai disfarçando,
Com muito cuidado, e ele sempre buzinando.
Estava feliz, naquele momento,
Mal sabia que havia passado meu sofrimento.
Cheguei em casa, tranqüilo e seguro,firmão
Apesar do susto estava bem, tanto que dormi na casa de um irmão.
Véspera de aniversario, tomar um rola, ninguém merece,
Mas é como dizem, o primeiro ninguém esquece.
Hoje tô de molho, poderia estar com amigos em qualquer lugar,
Mas estou em casa com o pé pra cima, mas aproveito pra rimar.
Meu aniversário e eu aqui, nesta situação,
Por causa de um vira-lata, de deve estar na rua abrindo lixão.
Mas o pior de tudo eu vou agora te falar,
Rasguei uma calça de 100 conto, muito loka, essa é pra chorar.



17/04/2009 - dia do ocorrido

Aos amigos


Choveu muito durante o dia, o tempo realmente não colaborou, a noite veio depressa, mas cadê a luz? E as estrelas? Por que esta tão escuro?
Há momentos na vida que nos sentimos em meio a escuridão, prisioneiros das circunstâncias, o que era certo se  torna confuso, o que sempre foi confuso ainda assim jamais se tornará a base, afinal, se no claro era confuso, por que no escuro seria confiável?
A escuridão é intensa, os planos se estacionam, mas em meio a penumbra, eis que surge algumas poucas luzes, não são tão forte  e seu brilho se assemelha a luz de uma vela, sua claridade não consegue iluminar todo um quarteirão, mas é o suficiente para perceber que não estamos sozinho.
Os amigos são os portadores destas luzes, nossa jornada é e sempre será assim, até o grande dia (a volta de Jesus), enquanto isso, seguimos nossa caminhada um completando o outro, na verdade não somos perfeitos, por vezes até falhamos, vacilamos, mas juntos somos fortes, somos perfeitos e conseguimos enxergar a luz, seguindo assim a nossa jornada.
Minha luz de tão fraca se apagou, compartilhamos da sua, pois apesar de não ser tão forte foi o suficiente para reacender a minha, e quando a sua luz não resistir e se apagar, a minha estará ao seu lado e juntos caminharemos rumo ao nosso objetivo.
Muitos são os motivos que podem destruir uma amizade, porém apenas um a faz ser duradoura e eterna, o amor.
Que Deus realmente abençoe meus amigos da mesma forma que sou abençoado na presença destes queridos, este é meu mais sincero desejo, e o faço de coração.
Obrigado por vocês existirem.