O amor

O amor eu sei que é um sentimento, sei também que ele habita aqui dentro, apesar de não o ver, posso sentir sua existência, os gestos passam a carregar voz e a voz legitima os gestos.

Muitos me disseram que o amor é um sentimento subjetivo, ou seja, o amor que eu sinto, não é e nem deve ser comparado ao que você sente. Sei que existem pessoas que possuem muita facilidade para descrever tal sentimento, no entanto há outras que o expressa com muita dificuldade, mas o que posso dizer a respeito do amor é que:

O amor não me dá asas, mas me faz voar mantendo os pés firmes no chão.

O amor não é um sonho, mas me faz pensar estar dormindo, mesmo tendo a firme certeza de estar acordado.

O amor não é sofrimento, embora haja momentos em que as lágrimas transcorram de minha face.

O amor não é puramente alegria, embora me faça sentir alegre e feliz.

O amor não sendo um sonho, não dando asas, não sendo martírio e não transbordando em alegria, o que posso dizer ser o amor? Quais as palavras que melhor poderia descrever este sentimento, que tem sido a razão da existência de todos nós humanos?

Palavras... elas não existem para expressar este sentimento, o amor é dito pelas atitudes, o amor é dito através das ações, todos nós podemos falar, todos nós podemos escrever lindos poemas de amor, todos nós podemos ficar com a voz toda guti guti mas poucos de nós é que estamos dispostos a abster-se do eu, do orgulho, para enfim dizer que estamos livres para amar, vivemos uma vida inteira, porém sempre estamos em eterno aprendizado quando o assunto é amor.

O amor não é moda, supera o que vemos nos filmes, nas musicas, em textos ou poemas, embora muitas pessoas utilizam deste artifício para descrever este sentimento, porém o amor é mais do que tudo isso.

O amor não é vulgar, não se compra nem se vende, tampouco esta disponível em uma vitrine, o amor é um querer bem, um sentimento que supera os desejos exacerbados da libido. O amor esta presente antes, durante e depois da amizade, o amor supera gênero, ou seja, amor não é puramente o sentimento existente entre um homem e uma mulher, mas esta presente em toda relação humana.

O amor é um sentimento enorme, porém para facilitar ou complicar sua compreensão, pessoas sabias que passaram por este mundo resolveram dividi-lo, ou melhor, direcioná-lo, e sendo assim diferenciá-lo conforme o direcionamento, ou seja, amizade é amor, família é amor, namoro é amor, e são tratados com olhares e graus diferentes, mesmo sendo amor.

Eu... mero ser ignorante que passa por este mundo desapercebido, imperceptível, e em meu canto com meu caderninho e meus óculos de grau, posso dizer que amo minha família, pois desejo do fundo do meu coração que sejam felizes, e bem sucedidos em suas escolhas, ao ponto de perder a noite de sono com a menor das noticias desagradáveis que porventura vier a surgir... também amo meus amigos, indiferente de seu gênero, tenho por todos eles, elas, um cuidado todo especial, ao ponto de uma lágrima eu ver caindo de seu rosto é como se eu também estivesse a chorar ou quem sabe um olhar preocupado, tenso, ou divagando em meio ao nada, vazio... me faz sentir preocupado... amo também a meu anjinho do sorriso de coca-cola, é muito cedo para amar? Pergunto eu... para essa pergunta eu não tenho a resposta, talvez se você a tiver, compartilhe comigo e me ajude. Muitos pensadores, psicanalistas, filósofos, psicólogos, pessoas estudadas, estudam o amor e o divide em graus, (vulgarmente falando), se é realmente isto em que grau me encontro hoje? O amor que sinto por meus pais, é o mesmo que sinto por meus irmãos? E o amor que sinto por meus irmãos, é o mesmo que sinto por meus amigos? E o amor que sinto por meus amigos é o mesmo que sinto por meu anjinho do sorriso de coca-cola, meu S2, minha linda? Pareço confuso? Sou confuso?

Às vezes noto que em meu mundo existam apenas perguntas, muitas delas sem respostas, outras, se resume a um simples porque sim e pronto, vejo que é gostoso indagar, questionar, porém é mais saboroso receber as respostas a estas indagações, respostas que não são dadas assim do dia para a noite, mas no decorrer de uma vida, porque no fundo não importa se é professor, aluno, formado ou pós- graduado, na matéria vida... todos somo aprendizes, e quando o assunto é amor somos desbravadores.