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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Por que parecia ser tão real?

Lembra daquele dia em que estávamos sentados no ultimo banco do ônibus ouvindo Djavan? Pois é o sonho começa a partir dai...

♫♪ ...Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro... ♫♪

Isso aconteceu há alguns meses atrás, não consigo entender como essa noite consegui sonhar com este momento que pareceu estar tão vivo em minha mente como se tivesse acontecido ontem.

Tudo bem o que aconteceu antes de estarmos no ônibus e para onde estávamos indo, acredito que você ainda lembra né?(RS) sendo assim não há necessidade de narrar o dia. Essa postagem é dedicada a você que, embora hoje esteja bem distante a mim, durante esta noite se fez viva e presente estando bem próxima.

Desci do ônibus, você não quis seguir seu caminho e acabou descendo junto comigo, e sendo assim fomos andando... andando por um caminho desconhecido a meus olhos, você, aparentava conhecê-lo muito bem, foi assim que acabei te seguindo, a principio sabia onde estava indo e para onde queria chegar ao dar o sinal e descer do ônibus, porém ao descer tudo estava diferente de como havia conhecido anteriormente, minha única fonte segura era você, pois você demonstrava conhecer plenamente todo o caminho, e é claro me fazia sentir seguro, quando de repente decidiu parar.

Paramos em frente a uma casa antiga, semelhante aquelas casas de época, estava aparentando estar abandonada, mas morava gente lá, porque ouvia vozes de crianças e adultos, sons típicos de que alguém estaria no interior daquela casa, você entrou... eu fiquei do lado de fora, como não conhecia nada, não quis ser um intruso em um local desconhecido, talvez este tenha sido o meu erro.

Passou um longo tempo, talvez horas, muitas horas, porém eu não tinha como calcular o tempo, não sabia o que era tempo. Fiquei apenas observando do lado de fora, você não me dava nenhum sinal, já estava angustiado quando olhei pra cima e vi algo se balançando, era uma rede, dessas de dormir mesmo, você estava lá em cima, na área que dava vista para todo vasto campo verde, tranqüila a se balançar, a principio só enxergava seus pés, mas depois você se virou e nossos olhares se encontraram, senti aliviado, mas ainda assim não senti vontade de entrar na residência, (não consigo entender porque não entrei).

Então comecei a te observar, notei seus cabelos cacheados balançarem com o vento, seu sorriso a cada balançar da rede se mostrava mais intenso, porém seu olhar era penetrante, ficamos a nos olhar por um instante, de repente um barulho, levo um susto, olho para o lado, um cachorro vira-lata, todo preto, com uma coleirinha marronzinha, o vira-lata apesar de me assustar, se mostrou ser meu amigo, começamos a brincar, foi neste momento que percebi que ele queria que entrasse na residência, estranho né... você me chamou, porém não quis ir, mas este cachorrinho dócil e lindinho, apenas abanou o rabinho e me convenceu a entrar. 

Entrando não me senti a vontade, não via a hora de sair, mas antes tinha que subir ao seu encontro, comecei a subir as escadas, sem observar nada ao meu redor, não estava com medo, apenas me sentia incomodado por algo que não sabia o que era, subi muitas escadas, pude notar alguns quadros pendurados na parede, talvez sejam seus parentes, talvez sejam amigos, não sei, a meus olhos eram apenas quadros, só queria encontrar você, nada mais que isso, cheguei ao ultimo andar da residência, vejo uma luz e uma sombra a balançar em um ritmo leve, é a rede de dormir, foi o que pensei, corri ao encontro, abri a porta que estava entreaberta, ao olhar a rede, notei que ela estava vazia, e você estava sorrindo, desta vez embaixo de uma arvore que estava de frente a sua casa, não sei se na verdade era ali que você morava.

O cachorro que era pequeno e dócil, logo se mostrou enorme e furioso, correu em minha direção, sem hesitar pulei, era muito alto, mas como era um sonho confesso que pulei bonito, como uma cena de filme, cai sobre o gramado, olhei pra cima assustado e novamente vi o cachorrinho vira-latas lindinho a balançar o rabinho e latir, olhei para a arvore e lá estava você com meu mp3, (puxa já que é um sonho bem que poderia ser um notebook de ultima geração, ou um carro com a maior sonzera, ou quem sabe até um ipod de mais de 8 giga né? mas não era meu mp3, aquele mesmo comprado na pajé... ta bom vai, fazer o que...), fui em sua direção, vislumbrado com seu olhar ainda penetrante, seu sorriso hipnotizante, seus cabelos sem alisantes, (risos só pra manter a rima), sentamos juntos debaixo da arvore e continuamos a ouvir Djavan, isso mesmo aquela mesma musica: 

♫♪ ...Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro... ♫♪

Estávamos muito próximo, sentado a sombra de uma árvore, com vista para um lindo campo verde, alguns pássaros estavam cantando, as nuvens a passar no céu, formavam desenhos como que, nos presenteando com belas imagens, tínhamos a natureza, a música, que era compartilhado por nosso fone de ouvido, tinhamos um ao outro, e a sensação de que nada poderia nos interferir, quando de repente ouço uma buzina, e um barulho de portão a se abrir, era meu vizinho saindo para trabalhar, DROGA, acordei...

Puxa vida até nos sonhos...rsrs...

Gostaria que você soubesse que...
Onde quer que esteja, espero que esteja bem... Que esteja feliz.... 
Hoje você fez parte dos meus sonhos, porque a sua amizade já faz parte da minha vida.

Bjaum.

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