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domingo, 21 de novembro de 2010

Amor, familia, ltda.

Vivemos uma sociedade em que o amor tem se tornado um produto, produto este que podemos escolher ou  encontrar em uma vitrine, ou seja, a na ausência das palavras usamos o amor, usa-se o amor ao se deparar com algo que lhe fisgou o olhar, usa-se o amor para descrever um objeto de desejo, o amor tem se tornado uma indústria, alimentando a busca que todos possuem intrinsecamente em suas mentes, que é a busca por pertencer e de sentir-se pertencido, é claro, alguns de maneira exacerbada, outros de maneira mais moderada.

Podemos notar nas novelas, filmes, musicas, e até mesmo comerciais de televisão, a venda deste produto, “o amor” um exemplo vemos na propaganda do Mc Donald’s amo muito tudo isso, se referindo a todo produto vendido no interior de seu estabelecimento, frase muito aceita e reproduzida pela sociedade, diante de todo este contexto, o que seria o amor então? Seria realmente um produto a ser encontrado em uma loja, vitrine ou bazar? Seria um produto comprado por dúzias, quilos, ou medidas diversas? O que seria o amor? Qual seria o preço a ser pago pelo amor?

A família é a base de todo ser humano, é na família que aprendemos e adquirimos os primeiros valores, valores estes que nos seguirão por toda a nossa vida, ainda que de maneira inconsciente, família é a primeira instituição a qual pertencemos e fomos aceitos, a partir dela iniciamos nossa busca “insaciável” pela aceitação, experimentando assim diversas sensações. O conceito de família bem como o amor tem sofrido alterações no decorrer dos anos, ou melhor, das gerações, nas décadas anteriores família era considerada como sendo uma mãe, um pai e filhos, todos vivendo na mais perfeita harmonia e paz, sorrisos e alegrias... No entanto, ocorreram mudanças no cenário social, refletindo de maneira direta na família, é a mulher adentrando no mercado de trabalho, alcançando sua autonomia e deixando de ser totalmente dependente do marido não mais se submetendo a seus caprichos, surge também o relacionamento com sujeitos do mesmo sexo, e o desejo por adotar e criar filhos, filhos que moram apenas com irmãos, sem a presença dos pais, e muitas outras mudanças. Porém diante de todas estas mudanças, eis a pergunta, o que é família? Podemos considerar família um lar composto apenas por um dos pais? E um lar composto por duas “mães”, dois “pais” apenas irmãos podemos considerar familia?

Família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto. “Família é quem você escolhe pra viver, família é quem você escolhe pra você, não precisa ter conta sanguínea, é preciso ter sempre um pouco mais de sintonia” O Rappa. A família é a base para a sociedade, sendo assim, na família é onde o individuo irá construir a sua identidade irá trocar suas primeiras emoções e frustrações, a família sendo a base para a sociedade, o amor podemos dizer que na verdade é a base para a família, independente de como ela é formada, o amor deve ser a referência central, pois o amor nunca anda só, vem seguido do respeito, compreensão, carinho, atenção, e muitos outros sentimentos que é claro, não encontramos nos Mc Donald’s da vida, ou em propagandas de televisão, novelas, filmes etc.

O amor é vida e vida não tem preço, a não ser a própria vida, amor é algo que deve ser regado e lembrado todos os dias, assim como a família, fortalecendo e crescendo. Tentam mudar e desfocar o real sentido do amor, o desaguando sobre um objeto, porém um objeto é apenas um objeto, não possui sentimento, no entanto o amor jamais acaba e é algo que não negociamos, ou seja, impossível falar de amor e esquecer da família, e impossível falar de família e esquecer do amor.


Um comentário:

  1. Nossa família é a principal coisa que temos e quando bem construida o amor floresce de tal forma única e verdadeira que mesmo passando por alguma dificuldade conseguimos superar.

    Viva ao amor, viva a família.

    Belo post

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Pensa muito não, fala ai!