Poderia ser apenas mais uma apresentação que assisti
ou mais uma noite, como outra qualquer, porém esta noite foi única, e por que
se tornou única? Simples, pois foi a primeira vez que assisti a um concerto
musical regido por um maestro, e diversos músicos com vários instrumentos
sinfônicos.
A primeira sensação que tive ao entrar foi a de estar
em um barco estranho, onde não tinha acesso nenhum a cabine do capitão, somente
ficava a observar o girar do leme, este barco passava em questão de segundos da
tempestade a calmaria, e minha respiração ficava ofegante desfrutando de cada
segundo.
Diversos instrumentos, cada um com seu papel a
desempenhar, e juntos completando o que damos o nome de concerto sinfônico,
tudo muito harmonioso e perfeito, (se houve algum erro, este me passou
despercebido) o silêncio naquele ambiente era inacreditável, qualquer ruído por
menor que seja, era ouvido por muitos, até um simples gesto de se remexer na
poltrona parecia uma trovoada, frente ao silêncio que era prestado durante o
concerto.
Eu acostumado a assistir shows de Blues, com muita
bateria, solos de guitarras, violão, me senti fora de meu território, como se
estivesse em uma luta constante contra meus costumes, porém esta experiência me
proporcionou uma sensação muito agradável, paz, mansidão, muita reflexão,
atenção, alegria, decepção, (sim porque não) ora me senti frustrado, ora mais
realizado, teve momentos em que me senti completamente perdido, e neste momento
comecei a voltar minha atenção à platéia, observei suas reações, buscando ver
as variações de suas expressões faciais, depois passei a observar os músicos,
seus movimentos, suas expressões faciais, ah! Como eu queria poder sair de mim
mesmo e assim me observar, entender os sinais que estava enviando ao outro, ou
quem sabe simplesmente ver como me interagia com este mundo até então
desconhecido.
Enfim o concerto acabou, e ficou na mente a vontade de
acompanhar e aprender mais a respeito deste assunto, recomendo a meus amigos,
vale a experiência, assim que o barco atracar no cais levarei esta noticias aos
meus, e entraremos novamente não mais como um turista, mas agora como um
convidado que interage e entende o que acontece ao redor.
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Pensa muito não, fala ai!